quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A PALAVRA DO GRANDE CHEFE








Texto de Mauricio Negro
e Daniel Munduruku
Ilustrações de Mauricio Negro
Global Editora

> Finalista na Coreia, 2009: 1º CJ PICTURE BOOK FESTIVAL

> Exposição e catálogo: 22ª Bienal de Ilustração de Bratislava 2009

> Seleção FNLIJ 46th Bologna Children's Book Fair 2009

Uma adaptação livre, poética e ilustrada do famoso discurso do Chefe Seattle. Eu e Daniel Munduruku , por meio de um texto claro e ilustrações simbólicas, buscamos recuperar suas proféticas palavras para uma geração de cidadãos e leitores tão carentes de grandes líderes. Cuidadosamente Ilustrado com pirografias sobre madeira vermelha, semelhante ao cedro sob o qual os povos indígenas da costa noroeste da América do Norte costumavam entalhar e gravar à fogo para fazer seus totens, utensílios e canoas.

Lançado durante a Feira do Livro Indígena de Mato Grosso (FLIMT), uma realização da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação, a Unemat e a Funai. Um evento singular e importante para a consolidação da chamada literatura indígena, que ofereceu ao público lançamentos de livros, encontro de autores de diversas etnias brasileiras, contação de mitos e histórias, oficinas, palestras, pinturas corporais e saraus. Uma rara oportunidade de reflexão sobre as mais antigas raízes culturais do Brasil. A ancestralidade indígena oferece um contraponto bioético e transversal, frente aos modelos dominantes tão conhecidos quanto questionáveis de se viver, agir, pensar, crer ou existir.

Corria o ano de 1854 e o então presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce – para acomodar os anglos-europeus que chegavam à América para ocupar as terras onde atualmente situa-se o Estado de Washington –, fez uma proposta aos povos indígenas Duwamish e Suquamish para comprar parte dos seus territórios. Em contrapartida oferecia a concessão de uma outra reserva. A resposta do líder Noah Sealth – que ficou conhecido como Chefe Seattle – ao grande chefe de Washington acabou se transformando em um documento valioso. Ainda hoje, após mais de cento e cinquenta anos, impressiona e emociona por sua surpreendente contemporaneidade. É um dos mais belos e profundos manifestos em defesa da relação humana com o meio ambiente. Um discurso memorável, límpido, incisivo e de uma extraordinária força poética e percepção do sagrado na natureza.


“A terra não pertence ao homem. O homem a terra pertence. E tudo está interligado, como o sangue que une uma família. O que atinge a terra atinge os filhos da terra. Pois não foi o homem que teceu a trama da vida. Ao contrário, por ela foi tecido. E o que fizer à trama fará a si próprio”.

Chief Seattle, a hereditary leader of the Suquamish Tribe, was born around 1786, passed away on June 7, 1866, and is buried in the tribal cemetery at Suquamish, Washington. The speech Chief Seattle recited during treaty negotiations in 1854 is regarded as one of the greatest statements ever made concerning the relationship between a people and nature. It was first published in the Seattle Sunday Star, Seattle, Washington Territory, October 29, 1887. The meeting had been called by Governor Isaac Stevens to discuss the surrender or sale of native land to white settlers. Doc Maynard introduced Stevens, who then briefly explained his mission, which was already well understood by all present. Chief Sealth then rose to speak. He rested his hand upon the head of the much smaller Stevens, and declaimed with great dignity for an extended period. No one alive today knows exactly what he said; he spoke in the Lushootseed language, and someone translated his words into Chinook Indian trade language, and a third person translated that into English. Some years later, Dr. Henry A. Smith wrote down an English version of the speech, based on his notes or maybe just a fragment of his speech. In fact the speech has been retold and published many times in differente places. Our new edition presents a poetical and illustrated Brazilian version. Daniel Munduruku, writer and indigenous (from Amazonian Munduruku people) is my partner in this free adaptation. We offer a brand new look about the famous episode. Just like the other versions of the same speech its essence was preserved. His sacred speech keeps alive because it's a blend of expectations. A common dream for many people all over the world.