quinta-feira, 22 de julho de 2010

JÓTY, O TAMANDUÁ

Texto e ilustrações de
Mauricio Negro e Vãngri Kaingáng
Coleção Muiraquitãs
Global Editora

> Exposição e catálogo: 1ª Bienal Continental das Artes Indígenas Contemporâneas, Museu Nacional da Cultura Popular, Cidade do México, 2012

A sabedoria sempre acompanhou o povo Kaingáng, que descende de duas metades criadoras diferentes: Kanhru e Kamé. Uma delas rege o Sol e todas as criaturas do dia. E a outra, a Lua e todos os seres da noite. Para que a vida faça sentido, os opostos devem se unir. Por isso, tempos atrás, os Kaingáng decidiram casar suas metades. Casamentos, de fato, aconteceram. Ninguém queria ficar incompleto. Mas, faltou festa!

> Clique aqui para ouvir uma versão da história na voz de Cristiana Ceschi

> E clique depois aqui ara ouvir o depoimento de Vãngri Kaingáng

Os Kaingáng já tinham muitos conhecimentos sobre suas origens, plantas e animais. Vãngri Kaingáng e Mauricio Negro recontam, através de palavras e pinturas acrílicas feitas à quatro mãos, como os Kaingáng conseguiram aprender os segredos do canto, da dança e da música para celebrar a união harmoniosa entre as metades.

Os Kaingáng – entre os três maiores povos indígenas do Brasil – vivem em mais de trinta Terras Indígenas, distribuídas em quatro estados brasileiros do sul e do sudeste, que representam apenas uma pequena parte de seus territórios tradicionais. Foram pelos europeus contatados já no séc. XVI. Mas a partir do séc. XVIII, suas terras foram cobiçadas e invadidas. Apesar disso, e das pressões que ainda sofrem, os Kaingáng tem preservado sua estrutura social, crenças, rituais, arte, mitos, saberes e identidade.

















As ilustrações deste reconto tradicional foram feitas a partir de quatro telas pintadas com tinta acrílica pelos autores, ao vivo, durante uma performance artística na Feira de Literatura Indígena de Mato Grosso (FLIMT), em 2009. Outros elementos visuais, como os grafismos tradicionais Kaingáng e alguns adereços confeccionados por Vãngri Kaingáng, também foram utilizados no projeto gráfico e ilustrações. JÓTY, O TAMANDUÁ inaugura oficialmente a Coleção Muiraquitãs, pela Global Editora. E foi elaborado para todo e qualquer leitor, interessado em conhecer a percepção holística dos Kaingáng sobre a vida, a natureza e a música.


Edição francesa
Éditions Reflets d'Ailleurs, 2012

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A PALAVRA DO GRANDE CHEFE








Texto de Mauricio Negro
e Daniel Munduruku
Ilustrações de Mauricio Negro
Global Editora

> Finalista na Coreia, 2009: 1º CJ PICTURE BOOK FESTIVAL

> Exposição e catálogo: 22ª Bienal de Ilustração de Bratislava 2009

> Seleção FNLIJ 46th Bologna Children's Book Fair 2009

Uma adaptação livre, poética e ilustrada do famoso discurso do Chefe Seattle. Eu e Daniel Munduruku , por meio de um texto claro e ilustrações simbólicas, buscamos recuperar suas proféticas palavras para uma geração de cidadãos e leitores tão carentes de grandes líderes. Cuidadosamente Ilustrado com pirografias sobre madeira vermelha, semelhante ao cedro sob o qual os povos indígenas da costa noroeste da América do Norte costumavam entalhar e gravar à fogo para fazer seus totens, utensílios e canoas.

Lançado durante a Feira do Livro Indígena de Mato Grosso (FLIMT), uma realização da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação, a Unemat e a Funai. Um evento singular e importante para a consolidação da chamada literatura indígena, que ofereceu ao público lançamentos de livros, encontro de autores de diversas etnias brasileiras, contação de mitos e histórias, oficinas, palestras, pinturas corporais e saraus. Uma rara oportunidade de reflexão sobre as mais antigas raízes culturais do Brasil. A ancestralidade indígena oferece um contraponto bioético e transversal, frente aos modelos dominantes tão conhecidos quanto questionáveis de se viver, agir, pensar, crer ou existir.

Corria o ano de 1854 e o então presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce – para acomodar os anglos-europeus que chegavam à América para ocupar as terras onde atualmente situa-se o Estado de Washington –, fez uma proposta aos povos indígenas Duwamish e Suquamish para comprar parte dos seus territórios. Em contrapartida oferecia a concessão de uma outra reserva. A resposta do líder Noah Sealth – que ficou conhecido como Chefe Seattle – ao grande chefe de Washington acabou se transformando em um documento valioso. Ainda hoje, após mais de cento e cinquenta anos, impressiona e emociona por sua surpreendente contemporaneidade. É um dos mais belos e profundos manifestos em defesa da relação humana com o meio ambiente. Um discurso memorável, límpido, incisivo e de uma extraordinária força poética e percepção do sagrado na natureza.


“A terra não pertence ao homem. O homem a terra pertence. E tudo está interligado, como o sangue que une uma família. O que atinge a terra atinge os filhos da terra. Pois não foi o homem que teceu a trama da vida. Ao contrário, por ela foi tecido. E o que fizer à trama fará a si próprio”.

Chief Seattle, a hereditary leader of the Suquamish Tribe, was born around 1786, passed away on June 7, 1866, and is buried in the tribal cemetery at Suquamish, Washington. The speech Chief Seattle recited during treaty negotiations in 1854 is regarded as one of the greatest statements ever made concerning the relationship between a people and nature. It was first published in the Seattle Sunday Star, Seattle, Washington Territory, October 29, 1887. The meeting had been called by Governor Isaac Stevens to discuss the surrender or sale of native land to white settlers. Doc Maynard introduced Stevens, who then briefly explained his mission, which was already well understood by all present. Chief Sealth then rose to speak. He rested his hand upon the head of the much smaller Stevens, and declaimed with great dignity for an extended period. No one alive today knows exactly what he said; he spoke in the Lushootseed language, and someone translated his words into Chinook Indian trade language, and a third person translated that into English. Some years later, Dr. Henry A. Smith wrote down an English version of the speech, based on his notes or maybe just a fragment of his speech. In fact the speech has been retold and published many times in differente places. Our new edition presents a poetical and illustrated Brazilian version. Daniel Munduruku, writer and indigenous (from Amazonian Munduruku people) is my partner in this free adaptation. We offer a brand new look about the famous episode. Just like the other versions of the same speech its essence was preserved. His sacred speech keeps alive because it's a blend of expectations. A common dream for many people all over the world.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

QUEM NÃO GOSTA DE FRUTA É XAROPE









Texto e ilustrações
de Mauricio Negro
Global Editora

> Exposição e catálogo: 21ª Bienal de Ilustração de Bratislava 2007

> “Menção Honrosa Editorial”: XV Salão Internacional de Desenho para Imprensa, Porto Alegre, Brasil, 2007

> Seleção FNLIJ 44th Bologna Children's Book Fair 2007


Trata-se do primeiro livro feito inteiramente com a técnica da pirogravura, que resolvi explorar assim que retornei da temporada em Paris. É fruto de uma reflexão acerca da própria identidade e da experiência no exterior. Decidi buscar uma via de expressão baseada no uso de materiais alternativos, ecológicos ou reaproveitados. E tenho aprimorado essa abordagem em cada novo projeto, acrescentando novos recursos e pigmentos, tais como óleo de nogueira, açafrão, casca de cebola, café ou sumo de frutas. O urucum, responsável por tons vermelhos, veio do Acre e foi produzido pelos Ashaninka. Com essa abordagem busco os ecos das raízes culturais, gráficas e naturais de muitos Brasis.


O livro apresenta, na forma de um poema bem-humorado recitado por um feirante, uma infinidade de frutas nacionais ou aclimatadas. E através das ilustrações revela a vasta amplitude da diversidade brasileira, em muitos sentidos, paisagens e aspectos.

ZUM ZUM ZUM

> Selecionado para o Programa Nacional do Livro Didático-SP, pelo Ministério da Educação e Cultura e Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Governo Federal Brasileiro MEC-FNDE, 2005

> Seleção FNLIJ 42th Bologna Children's Book Fair 2005

> Altamente Recomendável/Livro de Imagens/FNLIJ, 2004






Norte, sul, leste ou oeste. O ZUM ZUM ZUM corre insinuante por todos os lados. Começa com um simples zumbido e vai tomando forma conta do ouvido, abrindo as portas da mente. Tem uns que dizem que é assim. Outros dizem que é assado. Tem também quem insista, mas para o Zum Zum Zum, no fundo, o que conta é ponto de vista. Pois então que cresça e apareça, seja um dragão, uma serpente encantada ou monstro de sete cabeças. Se não fosse o Zum Zum Zum o que a gente teria inventado?

BALAIO DE GATO


> Selecionado para o Programa Nacional do Livro Didático-SP pelo Ministério da Educação e Cultura e Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Governo Federal Brasileiro MEC-FNDE, 2001

> 38th FNLIJ's Selection Bologna Children's Book Fair, 2001

> Altamente Recomendável para a Criança/FNLIJ, 2000

* Comentários especializados sobre o livro: NA PONTA DA LÍNGUA



Segundo livro da Coleção Zooterapia, pela Global Editora, BALAIO DE GATO traz um desfile de admiráveis gatos e suas aspirações mais felinas. Personalidade, autonomia, classe social, raça, pontos de vista, segredos, medos, belezas, destrezas e ambiguidades. Ronrone de prazer com os bichanos que se confundem com a nossa própria sombra. E segure o balaio!


Personalize funny videos and birthday eCards at JibJab!

MUNDO CÃO

> Acervo Básico do Governo Brasileiro para o Jovem/Seleção FNLIJ, 1999

Este é o primeiro livro que escrevi e ilustrei de cabo a rabo. MUNDO CÃO apresenta uma galeria de cachorros adoráveis revelando seu lado mais pessoal. Caráter, estilo de vida, classe social, raça, hábitos típicos, idades, intimidades e humanidades. Para rir com os cães e refletir sobre a própria condição humana.
Cão e circo!